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22/01/17: Fique atenta! Reconheça as situações machistas que te prejudicam no relacionamento
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Legado do patriarcado, o machismo se manifesta nas situações mais comuns e corriqueiras do dia a dia

Por: Talitha Parlagreco

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Foto: ThinkStbck

Foto: Thinkstock

O seu parceiro já foi machista com você?
"Quando a gente fala de uma relação influenciada por esse comportamento, a dinâmica é bem particular: quem a vivencia percebe que o poder não se alterna – sempre pertence a uma pessoa só", diz Paulo Tessarioli, terapeuta sexual e presidente da ABRASEX (Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual).


Direto no âmago feminino
Isso afeta a autoestima, minguando-a pouco a pouco. “A mulher nessa posição vai se sentir diminuída, não prestigiada, por baixo, sempre colocando seus desejos e vontades em segundo plano”, o profissional continua. “Ela possivelmente vai conversar pouco com o companheiro (ou não fazê-lo); não vai se dirigir a ele quando tiver algo que não a agrade: vai esperar o tempo dele para ver se percebe o que está se passando (e, se isso não acontecer, vai deixar para lá)”. Exemplos comparativos e corriqueiros, na verdade, não faltam. Quer ver?

Atitudes bastante comuns nos 
                                                                                                       relacionamentos podem ser 
                                                                                                       machistas e influenciar 
                                                                                                       diretamente na autoestima 
                                                                                                       feminina

Atitudes bastante comuns nos relacionamentos podem ser machistas e influenciar diretamente na autoestima feminina

Foto: Thinkstock

Achar que só a mulher deva cuidar dos filhos e da casa
“Esses são valores de épocas nas quais essa era a norma social, e havia regras e leis que a reforçavam como ‘a mulher não poder votar’”, coloca Albangela Ceschin Machado, psicanalista especialista em casal, família e sexualidade humana, membro da comissão científica do Sinpesp (Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo). “Hoje se tem conhecimento da importância do papel do pai na educação dos filhos; sabe-se também que o casal é responsável de maneira igual pelos cuidados da criança, assim como gastos e educação. As tarefas da casa são questões que dizem respeito aos que fazem parte dela e da família”.


Proibi-la de ter amigos homens, fazê-la pensar que precisa pedir permissão para ir em determinado lugar, ou ainda, que tenha que estar sempre acompanhada do parceiro
“Atualmente, os vínculos sociais, de amizade, de trabalho etc. estão pautados em afinidades pessoais e interesses, de maneira que todos participam igualitariamente”, a especialista afirma. “Respeitar a individualidade é contribuir para uma vida conjugal saudável – se for tolhida, cria desconforto e desalinhamento com a realidade”. Para ela, aquelas que se sujeitam às condições mencionadas podem até mesmo apresentar insegurança pessoal, ou sofrer com medo de violência do par.

Reclamar da roupa usada pela mulher, 
                                                                                                       não querer que ela saia com os amigos 
                                                                                                       homens ou achar que ela só pode estar 
                                                                                                       na companhia do parceiro são 
                                                                                                       comportamentos machistas que devem 
                                                                                                       ser abolidos

Reclamar da roupa usada pela mulher, não querer que ela saia com os amigos homens ou achar que ela só pode estar na companhia do parceiro são comportamentos machistas que devem ser abolidos

Foto: Thinkstock

Reclamar quando ela quer sair de roupas curtas ou tidas como chamativas
“Essa é uma atitude que desrespeita a mulher no seu direito de escolha, do que acredita ser o melhor para si”, continua. “É uma forma intimidadora de conduzir o relacionamento do casal, objetivando um cenário de hierarquia e autoridade para uma dominação”.


Considerar que ela não precise ter orgasmo em todas as relações
“A sexualidade é um direito de cada sujeito enquanto ser humano, e deve ser vivida de modo a não causar nem sofrimento nem dor”, a psicanalista aponta. “Cada um precisa experimentá-la na sua plenitude: a parceria deve entender que se trata de uma possibilidade compartilhada, na qual ambos terão garantidas suas necessidades de realização. Orgasmo é uma consequência e não cabe ao homem decidir o que é necessário ou não para ela”.


Cobrá-la por não querer ter filhos

Mesmo depois de anos juntos, decisão 
                                                                                                       sobre maternidade é da mulher. Casal 
                                                                                                       precisa ter isso bem alinhado antes de 
                                                                                                       um compromisso mais sério

Mesmo depois de anos juntos, decisão sobre maternidade é da mulher. Casal precisa ter isso bem alinhado antes de um compromisso mais sério

Foto: Thinkstock

“A maternidade é uma escolha da mulher, pois é ela que vai gerar o bebê. O homem pode expor suas expectativas quanto aos projetos em comum, mas não cobrar o fato delas não serem compartilhadas. Os contratos de casal devem ser sempre discutidos quando se pensa em constituir uma união estável”.


Exigir e esperar que ela tenha um “corpo perfeito”
“A cultura do corpo perfeito ronda nossa sociedade até hoje. Existem homens que enxergam a mulher como um troféu e, assim, precisam mostrá-lo para que sejam invejados e admirados”, Albangela comenta. “Estamos falando aqui de um exibicionismo social em que, eles, para se reconhecerem potentes, necessitam dessas referências de sucesso e poder”.


Ciclo vicioso

É possível mudar um machista, desde 
                                                                                                       que se saiba conversar com ele, para 
                                                                                                       que consiga ter a consciência do que 
                                                                                                       está fazendo que não agrada

É possível mudar um machista, desde que se saiba conversar com ele, para que consiga ter a consciência do que está fazendo que não agrada

Foto: Thinkstock

Segundo o terapeuta, um cotidiano que envolva tais circunstâncias (ou similares) repercutirá em como a pessoa se enxerga no mundo. “Quem se relacionar com alguém assim, normalmente, terá duas saídas: ou vai se tornar igual, e incorporar aspectos como ser mais dura, grossa, sem paciência, entre outros; ou vai se anular, perder sua voz, sua expressão. Ficar mais ‘embotada’, introspectiva”, pontua. “Muitos homens reclamam das suas companheiras, de serem muito passivas, não tomarem iniciativa para nada, porém, não se tocam de que têm participação nisso: afundam, ‘castram’ no dia a dia, e querem que sejam proativas depois, ajam diferentes com eles e com o resto”.


#VamosJuntas
Para ele, é possível ajudar o machista a transformar sua visão. “O diálogo há de ser estrategicamente pensado; ao invés de começar, ‘então, você não notou, mas foi machista’, inicie manifestando como se sente acerca do episódio: ‘eu fiquei muito mal quando você fez isso comigo’, ‘eu não me sinto bem quando você se expressa desse jeito”, aconselha.

“Toda vez que a conversa é sobre o outro, para o outro ouvir, ele não vai ouvir: vai apenas se defender, pois está se achando ‘atacado’ – o que poderá virar uma troca de farpas, reclamação contínua”. A partir do momento em que a relação é posta em foco, existe uma diferença brutal. “Machista tem solução! Precisa acessar o conhecimento e saber o que está acontecendo para conseguir mudá-lo. Caso contrário, não muda nunca: a sociedade e a cultura reforçam o machismo todo dia na rotina da gente”.

03/01/17: Além do Sexo
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Paulo Tessarioli fala sobre como surgiu seu interesse pela área da sexualidade e como desenvolveu sua trajetória docente até se tornar professor de cursos de capacitação e pós-graduação em sexualidade. (Parte 1)

O entrevistado fala também sobre a relação entre mente e corpo na hora do sexo. Explica “o que é” e “como se faz” Terapia Sexual e ressalta a importância do conhecimento e da qualificação profissional na área da Sexualidade, a partir de uma visão multiprofissional e interdisciplinar, para atuar de maneira responsável no mercado de trabalho. (Parte 2)

Posteriormente, Paulo Tessarioli explica o funcionamento do atendimento social em Terapia Sexual oferecido no curso de Pós-graduação (Lato-sensu) em Terapia Sexual na Saúde e Educação do CEFATEF, onde os alunos da pós aprendem na prática a atender às demandas da Sexualidade. (Parte 3)

Na sequência, Paulo Tessarioli comenta como ele faz a interação entre mercado erótico e Sexualidade. Fala, ainda, dos cursos de Capacitação em Saúde e Educação Sexual, da pós-graduação em Terapia Sexual na Saúde e Educação e da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual – ABRASEX. (Parte 4)

Por fim, a última parte da entrevista se inicia com uma fala curiosa e que ilustra uma passagem da vida profissional do entrevistado, um dos motivos pelos quais foi criada a ABRASEX: “Se ele (proctologista) tem conhecimento na área de Saúde Sexual, ele vai entender que a região anal, por muitas pessoas, também é utilizada na hora do sexo”. (Parte 5)


Assista a entrevista

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Tomar as rédeas da sua vida de volta é um dos pontos-chave para seguir em frente

Por: Marcell Filgueiras

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Foto: AndreyPopov/iStock

Foto: AndreyPopov/iStock

Separações geralmente não são legais, mas infelizmente, em muitos casos, necessárias para o bem comum. Nas relações amorosas, então, tudo parece ganhar uma proporção maior. O DaquiDali conversou com um psicólogo especialista em experiências difíceis, e o que ele esclarece pode ajudar muito a lidar da melhor maneira possível com essa nova fase.

Não respeitar o tempo do seu sentimento 
                                                                                       nessa fase não é um bom caminho

Não respeitar o tempo do seu sentimento nessa fase não é um bom caminho

Foto: STUDIO-GRAND-OUEST/iStock

Aprenda a lidar com a perda
Sim, a grosso modo, a separação é comparável a uma perda e você precisa se conscientizar disso, para não se enganar dizendo a si mesma que está tudo bem. “É preciso ter paciência e jogo de cintura para lidar consigo mesma, se cobrando muito ou já querendo estar em outra. É natural soltar frases como ‘a fila anda’ ou ‘foi melhor assim’, mas no fundo, não só entenda o que sente, como respeite o tempo disso”, explica o psicólogo Paulo Tessarioli, pós-graduado em terapia de casal, família e grupo e especialista em traumas e experiências difíceis.

Ele ainda dá dicas para você passar por esse “luto”: “chore quando quiser chorar e não queira mudar tudo tão rapidamente. O mesmo respeito que temos pelo tempo de alegria, e aceitação que ele permaneça, vale para o período de tristeza. Evite o isolamento, mas também saiba bem quem irá selecionar para estar ao seu lado nesse momento”.


Volte a olhar para a sua própria vida
É isso, separou, mas nesse caso, ninguém morreu. Então, bola pra frente, e comece a olhar para você de novo, pensando em novos rumos e fazendo planos positivos para si mesma. “Se você está se perguntando ‘como eu retomo minha vida?’, comece fazendo um levantamento de tudo para se organizar nessa nova fase. Dúvidas como ‘o que eu perdi?’ devem vir seguidas de ‘o que eu posso ganhar?’, afinal, tudo tem dois lados. A vida é percebida melhor a partir do momento em que a gente observa esses contrastes e busca alternativas para solucionar ponto a ponto”, esclarece Tessarioli.

Use a raiva como energia para mudar sua vida 
                                                                                         para melhor, nunca contra o outro

Use a raiva como energia para mudar sua vida para melhor, nunca contra o outro

Foto: Anetlanda/iStock

Como agir em términos que envolvem raiva
Separações com um não querendo ver o outro “nem pintado de ouro” são super comuns. Mas é preciso canalizar essa raiva para que você não se deixe consumir por ela. “Querendo ou não, é um sentimento que faz a gente se movimentar, diferente da tristeza, que dá mais a sensação de pesar e vontade de ficar quieta. Mas não direcione a raiva para o outro, tome-a para ter atitudes que busquem seu bem estar. Transforme-a em um sentimento que vai te auxiliar a sair dessa situação, como colocar esse ponto final e se manter firme, por exemplo. Ela só é útil nesse sentido”, afirma o expert.


É normal continuar gostando
Outro mito da separação, é que uma vez concretizada, não há mais sentimento, como se ele fosse algo tangível, que você pudesse pegar com a mão e jogar no lixo. Segundo o profissional, “em boa parte dos casos, consciente ou não, as pessoas se separam gostando uma da outra em um grau maior ou menor”. É aí que surge aquela confusão, a grande briga entre razão e emoção, e você pensa que ninguém melhor que um amigo para te ajudar nessa, não é? Mais ou menos! “Amigos são importantes, mas dependendo da intensidade da perda, apenas no consultório existe o espaço para um clareza maior da situação, e um feedback realmente imparcial, isento de lados. A busca profissional, do ponto de vista racional, vai te instrumentalizar para emocionalmente se me organizar melhor. Amigos agem pelo afeto, e aí podem concordar com tudo o que você disser ou ter uma opinião contrária a sua, que pode te irritar e só piorar tudo”.

Voltar ao relacionamento como amor ou como amigo 
                                                                                         são possibilidades reais e felizes

Voltar ao relacionamento como amor ou como amigo são possibilidades reais e felizes

Foto: Wavebreakmedia/iStock

Quer uma realidade? “Cogitar a volta não é algo absurdo, mas também não pode ser uma decisão tomada por impulso. É preciso ser muito conversada e resolvida entre os dois”, ressalta o psicólogo.

24/09/16: Terapia de casal
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(Matéria publicada na revista Melhor Viagem)

Paulo Geraldo Tessarioli é 
                                                                                                                     psicoterapeuta de casais, e 
                                                                                                                     família, especialista em 
                                                                                                                     sexualidade e coach

Paulo Geraldo Tessarioli é psicoterapeuta de casais, e família, especialista em sexualidade e coach

Terapia de casal

No mundo atual, viver a dois é um grande desafio que requer coragem e humildade. Nossa sociedade nos coloca como objetivos de vida a satisfação imediata, o prazer momentâneo, o resultado com o mínimo de esforço e a aquisição de um produto que já venha pronto, a relação do casal. Caso haja arrependimento, ou por qualquer motivo surja a ideia de devolução, o investimento mobilizado nessa operação é simplesmente “ressarcido” com a possibilidade de troca por outra “relação” e que também será avaliada pelos mesmos critérios mencionados agora pouco. A época de consertar aquilo que está quebrado ou que precisa de reparos para continuar funcionando não faz parte desse novo modelo de vida de casal.

Nesse sentido, a terapia de casal é um processo focal e breve, cujo objetivo é compreender o que se passa entre os cônjuges envolvidos através do aprimoramento da comunicação entre eles, promovendo um reconhecimento daquilo que é e passa a ser comum para os dois. Em outras palavras. a terapia de casal pode ser uma boa oportunidade para arejar os conflitos, possibilitando, geralmente, a continuidade da história de "nós” dois. Para conviver é preciso negociar!

23/06/16: A importância do conhecimento
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(Matéria publicada na revista Pessini)

PAULO TESSARIOLI
Presidente da ABRASEX (Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual)
Terapeuta Sexual, Professor, Coach e possui título de Especialista em Sexualidade Humana

Todos devem fazer escolhas diariamente e elas estão ligadas à experiência de vida de cada um

Por: Nivia de Souza

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

De acordo com os especialistas, as pessoas se dividem em dois 
                                             grupos na hora de tomar decisões, os analíticos e intuitivos

De acordo com os especialistas, as pessoas se dividem em dois grupos na hora de tomar decisões, os analíticos e intuitivos

Foto: Maurusone/iStock

Todos os dias, você toma decisões de variadas proporções: escolhe a cor do esmalte, o lugar para sentar no transporte público, o molho de um sanduíche, o nome de um filho, o destino de uma viagem. Independente do quanto de pensamento se deposita em cada uma das situações, em geral, o ser humano costuma seguir um mesmo padrão de comportamento para cada veredito final.

De acordo com Paulo Tessarioli, psicólogo, é complicado afirmar sobre como a mente funciona nos momentos resolutivos, porém este modelo de tomada de decisão é construído ao longo da vida e se baseia, por exemplo, nos resultados obtidos anteriormente. “É um processo solitário. Por mais que você pondere, estude cenários e teorias, que converse com pessoas. Naquele momento, você está sozinho consigo mesmo”, afirma o profissional.

Os analíticos costumam analisar situações e 
                                                                                         resultados. Já os intuitivos, se envolvem 
                                                                                         antes de decidir.

Os analíticos costumam analisar situações e resultados. Já os intuitivos, se envolvem antes de decidir.

Foto: Savageultralight/iStock

Os perfis
Dentro deste padrão de comportamento, pode-se enxergar dois perfis: o analítico e o intuitivo. “É comum achar que intuitivo é mais lunático e o outro mais carrancudo, mas cada um valoriza determinadas questões que o outro não considera”, avalia.

Se você é intuitiva, costuma se posicionar conectada com suas emoções e crenças. Também se arrisca mais e se envolve nas circunstâncias para saber e entender o que está acontecendo. Por outro lado, se o seu perfil é analítico, estuda dados e planilhas – mesmo que inexistentes – em busca de informações e não de emoções. “Não foge ao clichê de que precisam de material para pensar”, fala o profissional.

Um dos principais pontos de divergência entre os perfis é a forma com a qual cada um encara e entende o erro. Para os analíticos, errar traz problemas para o cenário, enquanto para os intuitivos, os escorregões não são vistos como obstáculos. “Os analíticos passam essa impressão de não quererem errar”, afirma Tessarioli.

De uma forma literal, diante de uma situação, os analíticos dão um passo para trás para poderem enxergar, e os intuitivos caminham para frente para se envolverem.

Até escolhas corriqueiras, como a roupa que 
                                                                                         se vai usar, é feita com base nestes modelos.

Até escolhas corriqueiras, como a roupa que se vai usar, é feita com base nestes modelos.

Foto: Jupiterimages/BananaStock

Equilíbrio
Aquela velha frase “a vida é feita de escolhas” pode parecer batida, porém não deixa de ser verdade. “Achamos que é sempre algo sublime, mas fazemos isso o tempo todo”, comenta Tessarioli.

Existem sim decisões que trazem grande impacto na continuidade da vida, como um sim para um casamento ou a mudança de emprego. Estas resoluções podem parecer apavorantes para qualquer perfil. De acordo com o profissional, é importante fazer escolhas desde bem jovens, pois vai fazer diferença lá na frente saber de que forma você busca referências. “Ficamos menos impactados quando temos que decidir grandes coisas. Deixa de ser assustador”, analisa o psicólogo.

É claro que ninguém é 100% analítico ou intuitivo, mas de alguma forma, um dos perfis vai ser predominante por conta da experiência. Se, durante a sua vida, você se deu melhor ao tomar decisões de forma analítica, sua cabeça vai se fixar a pensar desta maneira a cada vez.

Tessarioli comenta que seria bacana os dois perfis funcionassem de forma equilibrada em cada pessoa. “Pendemos mais para um lado do que para o outro, mas pode-se aprender”, afirma o profissional. Portanto, se você se identifica mais com a forma intuitiva de decidir, da próxima vez, tente ser mais analítico. E vice-versa. “Em momentos de mudanças, a vida nos coloca em situações que nos forçam a fazer isso”, lembra.

O psicólogo ainda afirma que as características de decisão não estão certas ou erradas. São modelos complementares e diferentes. “Temos que estar bem com a escolha. Isso é fundamental para não se arrepender e também para colocar energia na própria decisão”, afirma.

E você, é mais intuitivo ou analítico?

Falta de diálogo e de ânimo para ver o par, fantasias em excesso e pouco cuidado podem revelar insatisfações

Por: Naiara Taborda

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Hora de reavaliar? Reconheça os 
                                                                                         sinais de um relacionamento em crise

Quem já viveu ou vive um relacionamento sabe que nem sempre o amor é estável. Ao longo do caminho é comum sentir-se insatisfeita e enfrentar aquela grande dúvida: “será que é isso mesmo que eu quero?”. Descubra os sinais mais comuns das crises entre casais e saiba avaliar melhor a sua intimidade.

Antes de tudo é preciso saber que reconhecer quando existe uma crise pode ser algo bastante complicado, e muitas vezes os sinais passam despercebidos tanto para quem está insatisfeito quanto para o seu par. “O mais esperado nas relações conjugais é que um não compreenda os sinais que o outro acha estar dando. Parte-se muito do principio que o outro de alguma forma está percebendo e entendendo o que acontece, mas se você não fala dificilmente será entendido. Enxergar e admitir que você mesma está insatisfeita também é difícil”, explica o terapeuta sexual Paulo Tessarioli.

Os sinais de crise

Falta de diálogo

Não conversar sobre a relação e 
                                                                                         seus objetivos pode ser sinal de 
                                                                                         problemas

Não conversar sobre a relação e seus objetivos pode ser sinal de problemas

Foto: Pixsooz/iStock

Vocês conversam bastante? O quanto se fala não é a medida preocupante, o que deve ser observado é se vocês ainda estão dispostos a conversar um sobre o outro. Quando se perde a vontade de saber do outro e da relação é hora de ligar o sinal amarelo e tentar entender o que está acontecendo. “O dialogo é sempre uma grande pista. As pessoas vêm ao consultório e dizem que conversam de tudo, mas não necessariamente importa falar de tudo e sim de vocês, como estão, do que está acontecendo na relação, do que se espera como um casal. Quando algo não vai bem as conversas ficam na superficialidade e não saem do lugar”, revela.


Falta de cuidado
Diz a máxima que quem ama, cuida. E, acredite, é real. “O cuidar do outro é um dado importante numa relação a dois, porque quando você tem um relacionamento pressupõe-se que você ao menos cuide dessa pessoa ou se preocupe com ela e queira seu bem. Esse cuidar é um grande sinal, porque às vezes vocês se dão bem, não brigam, mas não cuidam, não se preocupam e não entendem o mundo um do outro. É como se vocês demonstrassem não ter interesse”, alerta.


Você se imagina com outro

Fantasiar é normal, mas não pode virar a base 
                                                                                         da relação

Fantasiar é normal, mas não pode virar a base da relação

Foto: Stockbyte

Fantasiar não é um problema, e é um recurso que todas as pessoas utilizam. No entanto, quando você passa mais tempo vivendo na fantasia do que aproveitando o seu próprio relacionamento pode ser que algo esteja errado. “Isso é um sinal de que você não está satisfeita com a relação e que o recurso utilizado é o de se imaginar em uma relação com outra pessoa. E >você precisa fazer alguma coisa com essa insatisfação, porque ela tende a crescer e não vai sumir, ela pode até não ficar tão evidente no dia a dia, mas ela está lá. É preciso dar voz a isso porque pode te pegar lá na frente”, adverte.


Vê-lo (a) não faz diferença
Você não se importa se ele some ou, se moram juntos, não faz questão de avisar que vai chegar mais tarde? Isso pode ser outro sinal de que algo não vai bem: “Quando você não encontra motivos para voltar para casa ou não se sente motivada a ficar com a pessoa que está te esperando, ou de dar satisfação para o outro é sinal de que não está legal. Isso é um complemento do ponto anterior, de cuidar do outro”.


Cuidado com falsos sinais

Reduzir a quantidade de beijos e sexo é normal, e não 
                                                                                         precisa ser encarado como problema

Reduzir a quantidade de beijos e sexo é normal, e não precisa ser encarado como problema

Foto: Shironosov/iStock

Já se perguntou se vocês perderam os sentimentos por não se beijarem mais constantemente, ou até porque o sexo não é mais tão quente quanto no início? Cuidado: diminuir beijos, caricias e até mesmo a frequência sexual é algo natural e não deve ser encarado como crise. “Toda relação muda, o problema é que as pessoas ficam buscando referências e modelos irreais para se apoiar e <acabam criando uma crise que na verdade não existe. Vocês não se beijam tanto? Mas de onde você tirou a ideia de que precisa ser assim e do quanto é esse tanto, quem disse isso? Essas coisas diminuem mesmo com o tempo, mas se você tem uma boa relação, existe amor, intimidade e estão satisfeitos um com o outro não tem porque transformar isso em problema por causa de algo que não é real, que é um padrão que está mais no mundo das ideias”, aponta o especialista.

Se você acredita que precisa dar uma sacudida na relação, o melhor é trabalhar os pontos que gostaria de melhorar, e não transformar isso em um martírio diário.


Conversa, a base de tudo
De acordo com Tessarioli, a maioria dos problemas que levam um casal a entrar em crise é a falta de comunicação e a falta de construir uma relação de conversa. “Não tem ninguém pronto para ninguém, as pessoas se desenvolvem juntas e juntas elas podem funcionar. Sempre que sentir que algo não está bacana ou está incomodando você tem que poder falar para o parceiro, não é ruim e nem deve ser encarado como ‘DR’ falar sobre a relação. Se vocês criam um canal aberto de comunicação é fácil dizer as coisas claramente ao invés de dar sinais que a pessoa não irá perceber. Se comuniquem. E quando chega ao ponto crítico, onde a insatisfação está grande e não foi criada essa comunicação, o ideal é sim procurar ajuda”, aconselha.

Entenda como desculpas que você considera bobas não passam do chamado autoengano

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Cinco mentiras que devemos 
                                                                                         parar de contar a nós mesmos

Cinco mentiras que devemos parar de contar a nós mesmos

Por que as pessoas se enganam? “Segunda eu começo a dieta”, “ai, só mais cinco minutinhos”, “imagina, isso não faz mal nenhum”. Você já se pegou falando algumas dessas frases? Elas são só alguns exemplos das várias “mentirinhas” que muita gente se conta ao longo de um dia, um ano, uma vida. Normalmente, a mentira tem o caráter de proteger a pessoa naquele momento para ela não se assustar com a realidade. O problema é insistir nisso. Veja cinco exemplos muito comuns, e saiba o que há de verdade por trás deles.

Dizer para si ''só mais hoje'' quando o assunto 
                                                                                         é se acabar na comida, é uma mentirinha que te 
                                                                                         deixa com grandes medidas.

Dizer para si "só mais hoje" quando o assunto é se acabar na comida, é uma mentirinha que te deixa com grandes medidas.

Foto: Jacob Wackerhausen/iStock

“Amanhã começo a dieta”
É quase impossível não ficar confusa entre a necessidade de uma vida saudável e todas as delícias que aparecem na sua frente. “São duas forças opostas: o prazer do paladar e o compromisso da balança. Não é incomum ver alguém adiando o regime inúmeras vezes para poder comer algo gostoso, o que acaba sendo uma desculpa para não começar hoje uma coisa que exige esforço e disciplina”, explica o psicoterapeuta Lucas Ong.


“Daqui pra frente vai ser diferente”
Muita gente acredita que a passagem de um ano para o outro é a chave para mudar de vez. De fato, o período é de reflexão, mas algo só acontecerá se a pessoa se mexer< (mesmo) para isso. “Tudo bem pegar esses momentos e acreditar que eles é que farão a diferença. O que você precisa ter em mente é que a qualquer momento você pode fazer a diferença. Pergunte-se: estou planejando, buscando viabilizar essas condições para que isso realmente se efetive?”, sugere o psicólogo Paulo Tessarioli.

Por medo de se comprometer, muitas mulheres culpam 
                                                                                         os homens dizendo que eles é que não querem um 
                                                                                         relacionamento.

Por medo de se comprometer, muitas mulheres culpam os homens dizendo que eles é que não querem um relacionamento.

Foto: NKMandic / iStock

“Ele não quer se relacionar”
O medo do compromisso é muito comum nos dias de hoje, principalmente quando envolve outra pessoa. "Ao conhecer outro alguém, se por algum motivo a relação não vai para frente, muitas pessoas tentam exteriorizar uma responsabilidade que pode ser delas. Questionar com sinceridade o real motivo pode ser um importante passo para não continuar cometendo os mesmos erros, e quem sabe, ser feliz muito bem acompanhada”, lembra o psicoterapeuta.


“Imagina, sou uma pessoa correta comigo e com os outros”
Acreditar em qualquer uma das mentiras já não é nenhum pouco saudável, mas essa em específico é um perigo. De acordo com Tessarioli, “pequenas transgressões podem, mas as grandes, não. Em outras palavras, a maioria acredita que matar uma pessoa não pode, mas não devolver um troco errado ou dizer uma mentirinha qualquer para levar vantagem, tudo bem. Relativizar isso é perigoso e é uma questão de tempo para essa ordem se inverter, e tudo ficar grande”.

Usar o tempo como desculpa para não fazer muita coisa é 
                                                                                         uma das mentiras que mais atrapalha o cotidiano

Usar o tempo como desculpa para não fazer muita coisa é uma das mentiras que mais atrapalha o cotidiano

Foto: Zurijeta / iStock

“Eu não tenho tempo”
O pensamento é simples e muito comum: é preciso dinheiro para tudo! Para se divertir em família, um jantar a dois ou para comprar aquele mimo que você já disse para si mesma “eu mereço”. Segundo Ong, “é frequente o pensamento de que dinheiro é a medida de todas as coisas, e a consequência é se ocupar com afazeres profissionais, em detrimento dos pessoais, como família. Até perceber que ele não é tudo, e que as verdadeiras prioridades ficaram de lado. Enquanto isso, a mentira da falta de tempo entra como justificativa da sua ausência em lugares que poderia ou até deveria estar mais presente”.

16/11/14: Como Adnet e Dani Calabresa, quem nunca traiu ou foi traído: perdoar ou não perdoar?
seta

Por: Camila Muniz

(Matéria publicada no Extra Digital)

Marcelo Adnet assumiu no Twitter que 
                                                                                     errou ao trair Dani Calabresa

Marcelo Adnet assumiu no Twitter que errou ao trair Dani Calabresa

Foto: Extra / Luis Alvarenga

Eles eram o casal perfeito, mas uma outra loura apareceu, a tentação falou mais alto... E agora, Marcelo Adnet? Será que a Dani Calabresa vai perdoar? Essa é a pergunta que não quer calar desde a sexta-feira retrasada, quando foram divulgadas fotos do humorista traindo a mulher, aos beijos com outra nas ruas do Leblon. Segundo psicólogos, toda traição é passível de indulto, mas é importante que essa análise seja feita com cuidado para a relação seguir adiante de maneira saudável.

Esforços, Marcelo Adnet não vem poupando para mostrar arrependimento e declarar amor a Dani. No mesmo dia em que a traição se tornou pública, ele reconheceu o erro no Twitter e disse que os dois superariam o problema “juntos e casados”. A moça, até agora, deu a entender que vai relevar a pulada de cerca: no programa “CQC”, da Bandeirantes, ela fez piadas, beijou o colega Marco Luque e avisou: “Pessoas perfeitas e canonizadas: podem guardar a pedra”.

— Em casos assim, a pessoa traída, primeiro, precisa ver se tem a capacidade de perdoar e esquecer o ocorrido. Não é colocar sob o tapete e trazer à tona na primeira briga — aconselha a psicóloga e hipnoterapeuta Flávia Freitas.

O processo de decisão se o adúltero será desculpado ou não deve levar em conta se aquele foi apenas um deslize que não se sobrepõe ao companheirismo e aos bons momentos vividos pelo casal.

— Se a relação sempre foi sadia, é necessário ponderar se todos os anos de convivência serão jogados pelo ralo por uma fraqueza — diz Flávia.

Depois do perdão, ambos devem conversar para combinar como o relacionamento será dali em diante, para que a traição não volte a ocorrer.


Tempo para sentir raiva é fundamental
Tal qual Adnet, outros famosos pularam a cerca. Provando que ninguém é perfeito, Brad Pitt traiu Jennifer Aniston com Angelina Jolie. Ex-mulher de Zezé di Camargo, Zilu afirmou que foi enganada diversas vezes enquanto os dois foram casados. Já Bruno Gagliasso admitiu, em 2012, ter tido um caso com a modelo Carol Francischini durante o relacionamento com a atriz Giovanna Ewbank. Ela o desculpou e, hoje, os dois seguem casados.

Na última sexta-feira, após nove anos de muito bafafá, 
                                                                                     Jennifer Aniston disse ter perdoado Brad Pitt e Angelina 
                                                                                     Jolie. A atriz, que era casada com Pitt, foi trocada pelo 
                                                                                     galã em 2005, quando ele se envolveu com a atual mulher no 
                                                                                     set de filmagem de Sr. e Sra. Smith

Na última sexta-feira, após nove anos de muito bafafá, Jennifer Aniston disse ter perdoado Brad Pitt e Angelina Jolie. A atriz, que era casada com Pitt, foi trocada pelo galã em 2005, quando ele se envolveu com a atual mulher no set de filmagem de "Sr. e Sra. Smith"

Foto: Reuters / Fred Prouser

Bruno Gagliasso admitiu, em 2012, ter tido um caso com a modelo 
                                                                                     Carol Francischini durante o relacionamento com a atriz 
                                                                                     Giovanna Ewbank. Ela o desculpou

Bruno Gagliasso admitiu, em 2012, ter tido um caso com a modelo Carol Francischini durante o relacionamento com a atriz Giovanna Ewbank. Ela o desculpou.

Foto: Extra / Urbano Erbiste

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Para o psicólogo Paulo Tessarioli, especialista em sexualidade, o perdão de uma traição não pode vir de imediato

— Após o ocorrido, a pessoa traída fica em frangalhos e enfrenta uma crise de desconfiança. Se o perdão acontece nesse período, significa que o bolo não foi digerido. É importante dar o tempo da raiva, porque se as desculpas vierem logo de cara, elas anulam o processo de elaboração que vai fazer com que o outro reconheça que errou — analisa Tessarioli. — Será um perdão frouxo e que permitirá que a pessoa pise na bola de novo.

Aos traidores arrependidos, a psicóloga Flávia Freitas avisa que não há fórmula para pedir desculpas ao amado:
— Uma pessoa auditiva vai querer ouvir, o tempo todo, que o outro está arrependido. A (pessoa) visual preferirá ver vídeos com declarações de amor, e a sinestésica vai precisar de carinho, por exemplo.

Psicólogo conta que a decisão deve ser tomada junto com a escola

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Seu filho não está indo bem nas aulas? 
                                                                                         Saiba se mudar de escola é a melhor soluçãos

Seu filho não está indo bem nas aulas? Saiba se mudar de escola é a melhor solução

Com as férias de meio de ano chegando, pode pintar aquela dúvida: aproveitar o mês de julho para mudar as crianças de escola? Seja por causa de notas baixas, dificuldades de se enturmar com os colegas de sala ou ainda pela falta de apreço pelo colégio, a transferência sempre se apresenta como uma possibilidade. Mas quando é a melhor solução?


Culpa de quem?
Segundo o psicólogo Paulo Tessarioli, independente do problema que o aluno tenha com a escola, a responsabilidade nunca é só dele. Aliás, nunca é de apenas uma pessoa. “A responsabilidade sempre é dos três: os pais, o aluno e a escola. Não necessariamente nessa ordem, mas não dá para analisar a questão de outra forma, tudo tem que estar implicado”, explica o especialista.

Dessa forma, ele ainda conta que transferir ou não o filho não deve ser visto como uma forma de punição ou recompensa, pois, dependendo do caso, a própria reprovação pode ser benéfica. “Essa mudança deve ser muito bem pensada e analisada. A gente sempre deve pensar no bem estar do aluno e da aluna, que pode vir tanto pela mudança de escola ou a repetência".

Seu filho não está indo bem nas aulas? 
                                                                                         Saiba se mudar de escola é a melhor solução

Quando mudar
“Se a escola já deixou claro para os pais que o filho não tem condições de passar, não importa o quanto se esforce, mudar de escola pode ser a melhor decisão, pois se o aluno não consegue se adaptar à escola mantê-lo lá não irá ajudar”, destaca. Agora, se o jovem não estuda por falta de vontade, a situação muda um pouco de figura. “Nesse caso, a gente está falando de uma falta de maturidade. Ficou o semestre inteiro sem fazer nada, será que vai fazer no segundo?”, ressalta.

No primeiro momento, Tessarioli conta que os pais devem procurar a escola para tomarem juntos uma decisão. “Se, ainda assim, não se sentirem confiantes o suficiente, vale procurar um profissional a mais. A verdade é que existem muitos mal profissionais no mercado, então é melhor procurar alguém indicado pela escola ou por pessoas de confiança”, destaca.

Seu filho não está indo bem nas aulas? 
                                                                                         Saiba se mudar de escola é a melhor solução

Pense nisso
De acordo com o psicólogo, mudanças sempre trazem prejuízos, mas, dependendo do caso, os pontos positivos podem compensar esse lado. “O período de adaptação de uma mudança vai acontecer, e esse é o principal ponto negativo. Se fecha o ciclo da educação infantil, mudar antes de começar o ensino fundamental é menos prejudicial. Entre um ciclo e outro não tem tanto problema do que no meio do ano, por exemplo”, destaca.

Os ciclos são o Ensino Infantil (do maternal ao pré III), o Ensino Fundamental I (do primeiro ao quinto ano), o Fundamental II (do sexto ao nono ano) e o Ensino Médio (até o terceiro colegial). Paulo Tessarioli destaca que, de uma forma ou de outra, essa passagem já provoca mudanças, então sair de uma escola para outra nas transições acaba sendo um choque menor para o aluno.

(Matéria publicada no jornal Fala Brasil - Rede Record)

De acordo com a pesquisa, 51% dos homens e 56% das mulheres estão insatisfeitos. Um dos motivos talvez seja a dificuldade de falar sobre o assunto. Para 93%, o tema sexo é tabu.

Clique aqui e assista a reportagem.

Sorvete de banana é uma opção saborosa aos alimentos mais calóricos

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Se suas dietas nunca funcionam, pode ser autossabotagem. Evite

Se suas dietas nunca funcionam, pode ser autossabotagem. Evite

Você procura um >cardápio equilibrado, faz exercícios e ainda assim não vê diferença alguma na balança? Isso pode ocorrer por conta de desequilíbrios hormonais, que devem ser investigados com a ajuda de um endocrinologista. Outro problema, no entanto, é difícil de ser diagnosticado e pode trazer grandes consequências para a sua saúde e a sua silhueta: a autossabotagem.

Pois é, de nada adianta se esforçar para comer pouco e de maneira equilibrada nas refeições principais e escorregar na hora de escolher seus lanchinhos. É a velha ideia de achar que aquele bombom ou bala diária não vai ter consequências. Pior ainda é nem perceber que está comendo o que não deveria. “Até que a pessoa perceba que precisa fazer algo para mudar, a culpa é o sentimento mais comum”, explica o psicólogo Paulo Tessarioli. “Até entender realmente qual é o problema, dificilmente a dieta ou qualquer outra mudança dará certo”, completa.

De acordo com o profissional, a busca por uma alimentação saudável não será efetiva se não vier de dentro. “A dieta é uma das várias formas de controle externo e, se a pessoa não internalizar essa necessidade de emagrecer ou de ter mais saúde, fica muito mais difícil. Se não for realmente importante para ela, mesmo sem saber, ela irá se sabotar”.

Dessa forma, a recomendação de Tessarioli é fazer uma autoanálise antes do início dessas mudanças na alimentação. “Por mais que queira se cuidar, se a ficha não cair não vai ter jeito. Por exemplo, se uma pessoa não come muito nas refeições, mas fica degustando enquanto prepara a comida, está se enganado”, explica.

Foto: OcusFocus/ iStock

Foto: OcusFocus / iStock

Malhação como arma de sabotagem
Horas na academia podem compensar aquela pizza cheia de queijo e com direito a sobremesa? Esse não deve ser um pensamento constante na sua vida, pois pode prejudicar a forma física e, pior ainda, a saúde. “Se a mulher come tudo o que tem vontade, mesmo compensando na atividade física, não tem saúde. Pode estar muito magra, mas se fizer exames de sangue, muito provavelmente terá problemas como glicose ou colesterol altos”, destaca a nutricionista Gabriela Marques.

Outro erro comum é se acabar de comer – e o que não deve – depois de malhar. “Nunca devemos estar com fome, devemos comer a cada três horas os alimentos certos como os integrais, frutas diversas e alimentação completa e com moderação no almoço e jantar”, explica o nutricionista Fábio Bicalho.

Gabriela Marques lembra ainda que no pós-treino é necessário repor os nutrientes perdidos durante a atividade física, principalmente carboidratos e proteínas. Ela sugere, como lanche ideal, uma tigela de frutas com iogurte e granola. “Deixe tudo pronto antes de ir à academia, porque o cansaço pode te fazer procurar opções mais calóricas”.


Vire o jogo
De acordo com ambos os nutricionistas, a chave do sucesso das dietas é comer a cada três horas, em um total de seis refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia. “Se pula refeições, sente mais fome e, portanto, a chance de sabotar o regime é maior do que em alguém que coma as seis refeições”, conta Gabriela.

Agora, mesmo sem fome, gula é outro fator que mata qualquer processo de perda de peso. Para isso, Bicalho tem uma dica simples: uma fruta ou suco com uma colher de sopa de semente de chia.

Quer se livrar da tentação dos chocolates, sorvetes, frituras, entre outras delícias que não costumam ajudar na silhueta? Gabriela aconselha: “não tenha em casa. Se você não tem, dificilmente vai comprar só por tentação, então a vontade passa ou ainda você pode compensar com outros alimentos”, revela.

A nutricionista também dá uma receita para quem é fã de sorvetes, mas não quer sair da linha. “É só pegar uma banana bem madurinha e cortar em rodelas. Coloque no congelador e, depois de congelada, bata no liquidificador. Está feito o sorvete de banana”.


Dê o exemplo
O psicólogo Paulo Tessarioli conta que, muitas vezes, a dificuldade de manter uma alimentação regrada e saudável vem da falta desse hábito logo na infância. “Para as mães, a dica é trabalhar na educação alimentar dos filhos desde cedo, para que seja natural para eles quando crescerem. Não só para questões relacionadas à nutrição, a infância é uma das fases mais importantes da vida, pois é nela que se formam as bases do pensamento da pessoa”, orienta o psicólogo.

Saiba como deve ser o procedimento das companhias em casos como o da Malaysia Airlines

Por: Marta Santos, do R7

(Matéria publicada no portal R7.com)

Casos em que as investigações podem demorar meses para serem 
                                                                                  concluídas são uma “novela dolorosa para as famílias das vítimas

Casos em que as investigações podem demorar meses para serem concluídas são uma "novela dolorosa para as famílias das vítimas"

REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Angústia. É com esse sentimento que parentes e amigos dos passageiros do avião da Malaysia Airlines estão vivendo desde que a aeronave desapareceu, no último sábado (8).

Segundo especialistas ouvidos pelo R7, a falta de informações e a incerteza sobre o que aconteceu com as 239 pessoas que estavam a bordo da aeronave afetam ainda mais o estado emocional dos envolvidos no caso.

O jornalista Luiz Carlos Franco, que participou da cobertura de três grandes acidentes aéreos, (entre eles, o do Airbus da TAM que colidiu com um prédio em 2007, matando 199 pessoas), disse que casos como o do voo MH-370, em que as investigações podem demorar meses para serem concluídas, são uma “novela dolorosa para as famílias das vítimas”.

Devido à delicadeza e magnitude da situação, é preciso aplicar uma série de regras padrões de procedimento para minimizar o sofrimento de todos.

— Hoje, alguns desses manuais de crise e de procedimentos são muito precisos. Além disso, muitas companhias aéreas já trabalham o gerenciamento de crise de forma preventiva, montando uma “sala de crise”, composta por advogados, gestores, jornalistas, médicos e um call center para prestar atendimento de informação em caso de acidentes.

Na terça-feira (12), parentes de passageiros do voo MH-370 acusaram a companhia aérea de estar escondendo informações e protestaram gritando “nos digam a verdade” e jogando garrafas de água na direção de funcionários da empresa.

Franco lembra que nos últimos seis dias muita coisa foi especulada em relação ao sumiço do avião, mas a empresa deve tomar cuidado com as informações que divulga. Segundo ele, “a forma como a empresa conduz esses acidentes perante a sociedade é que determina sua integridade, já que ninguém está livre de acidentes”.

— Apesar das reclamações dos familiares, o mistério é muito maior do que as informações que se tem até agora.

O jornalista também acompanhou o acidente do voo 111, da Swissair (hoje chamada Swiss), que caiu na costa leste do Canadá em setembro de 1998, matando as 229 pessoas que estavam a bordo.

— Um diferencial deste acidente foi a criação de um boletim minuto a minuto com tudo o que estava acontecendo, com as informações que a assessoria da companhia podia passar tanto para os familiares quanto para a sociedade de um modo geral. [O procedimento] foi considerado exemplar na época.

“No caso da Malásia, o que a empresa pode fazer neste momento é colocar à disposição das famílias passagens aéreas para que elas se desloquem [até Kuala Lumpur, de onde o avião decolou] e dar a elas assistência psicológica e religiosa”, disse o jornalista.

O psicoterapeuta Paulo Tessarioli também disse ao R7 que “é fundamental que os familiares tenham um acompanhamento psicológico. Eles estão vivendo uma situação de crise e é importante que alguém capacitado os ajude a gerencie essa situação”.

— Uma pessoa comum evitaria tocar no assunto; já o psicoterapeuta, com seu conhecimento técnico e experiência de trabalho, vai fazer o caminho inverso e fazer com que os familiares verbalizem o que pensam.

Tessarioli explica que falar com um profissional também ajuda a diminuir a carga emocional que há dentro dessas pessoas.

— Se eles não conseguirem desabafar, botar pra fora o que estão sentindo, elas podem piorar, talvez adoecer, entrar em estado de choque ou de pânico, agora ou no futuro.

Ainda segundo o psicoterapeuta, o status de “desaparecido” dos passageiros do avião aumenta ainda mais a agonia dos familiares.

— Por mais que nós sejamos seres racionais, nós guardamos aquela sensação de incerteza, de esperar que algo diferente possa ter acontecido. Tudo isso gera ainda mais ansiedade nessas pessoas.

16/02/14: Apimenta - Dicas para melhorar o sexo do casal
seta

(Matéria publicada no portal Yahoo)

Não é preciso saber todas as posições do kamasutra para fazer o sexo pegar fogo. Atitudes simples podem deixar a relação muito mais excitante. O psicólogo Paulo Tessarioli dá dicas para apimentar o sexo, e a professora de chair dance Taísa Souza ensina como sensualizar usando apenas uma cadeira e muito charme.

Clique aqui e assista o vídeo

Namoro de Miss Bumbum com cadeirante gerou comentários na internet.
Modelo lamenta preconceito e diz ter 'vida sexual normal, como todo casal'.

Por: Mariana Lenharo, do G1, em São Paulo

(Matéria publicada no portal G1)

Dai Macedo e o namorado Rafael Magalhães posam para foto: o fato de ele ser 
                                                                                  cadeirante repercutiu entre os internautas

Dai Macedo e o namorado Rafael Magalhães posam para foto: o fato de ele ser cadeirante repercutiu entre os internautas

Foto: Reprodução/Instagram/Dai Macedo

A avalanche de comentários ofensivos de internautas depois da publicação de fotos da modelo Dai Macedo, eleita Miss Bumbum 2013, ao lado do namorado, o advogado Rafael Magalhães chocou o casal. Rafael é cadeirante, e as mensagens sugeriam que um homem nesta condição não teria condições de satisfazer sexualmente uma mulher como Dai. Médicos e psicólogos ouvidos pelo G1 afirmam, porém, que pessoas com deficiência física podem sim ter uma vida sexual ativa e saudável.

"Temos uma vida sexual normal, como a de qualquer outro casal. As pessoas deveriam, na verdade, pesquisar e se esclarecer antes de ficar comentando sobre o que não sabem", diz a modelo goiana.

Dai, de 26 anos, conheceu Magalhães, de 31, pelo Facebook. Depois de trocarem mensagens, conheceram-se pessoalmente e começaram a namorar há oito meses. A cadeira de rodas não foi um obstáculo. A modelo só lamenta que a relação tenha trazido à tona tanto preconceito.

Quanto ao preconceito, na opinião dos especialistas, ele deve ser combatido com informação. "Quando a gente está de fora é muito diferente de quando a gente está dentro da situação e sente o preconceito na própria pele. A gente está em pleno século 21 e as pessoas são muito alienadas", diz Dai.

Ela comenta que o namorado ficou chateado com toda a exposição. Mas que o casal não vai deixar de aparecer em eventos públicos por causa da polêmica. "Estamos bem tranquilos, a gente entende que a sociedade não consegue ver as coisas de forma natural, então bola pra frente."


'Sexo começa na mente'
Para o psicólogo Paulo Tessarioli, especialista em sexualidade humana, o preconceito está relacionado à crença de que o prazer do sexo está ligado exclusivamente ao corpo. "O corpo é apenas um instrumento do prazer: o sexo começa na mente", explica Tessarioli.

O médico fisiatra Marcelo Ares, especialista em reabilitação de lesão medular da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), conta que quando alguém pergunta como fica a vida sexual da pessoa com deficiência, ele costuma responder: "Ela não fica, simplesmente continua. Existem diversas possibilidades, como a descoberta de novas zonas erógenas, e tudo isso faz parte do processo de reabilitação".

Ele explica que, dependendo do tipo de lesão medular, o homem pode conseguir manter uma ereção duradoura ou não. Caso a ereção não seja satisfatória, medicamentos como o Viagra são capazes de melhorar o desempenho. Há inclusive estratégias que possibilitam a ejaculação, embora possam ser mais complexas.


Para-orgasmo
Uma questão mais delicada é a sensibilidade do órgão sexual, que pode não ser recuperada. No entanto, mesmo sem nenhuma sensibilidade na região, o estímulo no local é capaz de promover a ereção por reflexo, segundo o especialista. "O fato de conseguir ter uma ereção já é psicologicamente muito significante para o homem."

Segundo o especialista, o estímulo a outras regiões do corpo podem levar a pessoa a atingir uma intensa sensação de prazer similar ao orgasmo, denominada para-orgasmo.

Tessarioli lembra que é muito importante que a pessoa com deficiência física seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar que aborde a questão da sexualidade. "Muitas vezes, o cadeirante consegue ter relação sexual com penetração, isso não é raro." O segredo, segundo o psicólogo, é o paciente aprender a conviver com uma nova forma de sexualidade e descobrir novas maneiras de sentir prazer.

Dai Macedo posta fotos no Instagram com o namorado Rafael Magalhães

Dai Macedo posta fotos no Instagram com o namorado Rafael Magalhães

Foto: Reprodução/Instagram/Dai Macedo

(Matéria publicada no jornal O Globo)

Há quem diga que quanto mais longas as preliminares, melhor a qualidade do sexo. Na prática, no entanto, a maioria das pessoas vai direto ao ponto e não dedica tanto tempo à troca de carícias antes da penetração. Uma pesquisa feita com 1.004 participantes apontou que 40% dos brasileiros gastam entre seis e 15 minutos nas preliminares, enquanto 15% ou pulam essa parte ou se empenham, no máximo, por cinco minutos.

Segundo o psicólogo Paulo Tessarioli, a excitação necessária para a transa depende mais de quanto os parceiros estão com a mente sexualmente ativa do que de longos jogos sexuais anteriores à penetração. O problema é que se, para os homens, “entrar no clima” pode parecer muito fácil, para as mulheres, por questões culturais, a situação costuma ser bem diferente.

— As mulheres de hoje ainda são criadas como as de antigamente, tendo o sexo como tabu. Homens ativam a mente sexualmente o tempo todo, ao passo que elas não, porque não aprenderam a ser assim. Por isso, as preliminares acabam sendo mais importantes para elas do que para eles — diz Tessarioli, especialista em sexualidade.

O estudo mostrou ainda que 32% dos brasileiros dedicam de 16 a 30 minutos às preliminares. A minoria (13%) usa mais de meia hora.

Sexo oral é a preliminar preferida

De acordo com Tessarioli, receber sexo oral é a preliminar preferida tanto dos homens quanto das mulheres.

— Na verdade, o que se chama de preliminares são práticas sexuais tão importantes quanto a penetração. Masturbação, sexo oral e troca de fantasias também são formas de praticar sexo. A penetração não precisa ser a “cereja do bolo” — opina.

O mesmo estudo, intitulado Durex Global Sex Survey, concluiu que os brasileiros também são rápidos quando o assunto é a duração total da transa. A maior parte (36%) respondeu que o tempo do ato varia entre seis e 15 minutos.

— Não que uma relação longa garanta mais prazer, mas quanto mais tempo ela dura, mais conhecimento se adquire nesse universo. Também é na interação com o outro que a gente se descobre. Quanto mais chances a pessoa tem de se conhecer, mais ela vai caminhar para a satisfação — pondera Paulo Tessarioli.

10/01/14: Um personagem contra o preconceito
seta

Em uma interpretação primorosa na pele do vilão regenerado Félix, o ator Mateus Solano leva o tema da homossexualidade para a casa das famílias brasileiras. Especialistas explicam o que isso significa

Por: Camila Brandalise e Michel Alecrim

(Matéria publicada na revista IstoÉ)

Um personagem contra o preconceito

CENA 1
Eu gostei da Edith. Tínhamos uma relação conjugal.
Jura? Vocês iam para a cama mesmo?
Pra você ver que talvez eu não seja um cara assim tão definido, apesar de ter minhas preferências.
Ué, Félix, você pode ser bissexual.
Eu bissexual? Bichexual, né?


CENA 2
Niko, sinceramente, não faço o seu tipo. E nem você o meu.
Félix, você não tem tipo. Você tem pressa. Eu chamei você para dormir no quarto de hóspedes.
Você me chamou com segundas intenções.
Não sou esse tipo de pessoa que quer se aproveitar de alguém que chega aqui completamente por baixo.
Por baixo? Frase de duplo sentido, hein? Quem gosta de ficar por baixo? - Que? Eu não gosto nem de ficar por baixo.

QUÍMICA
                                                                                     Um é o mau-caráter que passa por um processo de redenção. O 
                                                                                     outro é o chef de cozinha que sonha em formar uma família. 
                                                                                     Juntos, Mateus Solano (à esq.) e Thiago Fragoso se tornaram o 
                                                                                     centro das atenções da trama das nove

QUÍMICA
Um é o mau-caráter que passa por um processo de redenção. O outro é o chef de cozinha que sonha em formar uma família. Juntos, Mateus Solano (à esq.) e Thiago Fragoso se tornaram o centro das atenções da trama das nove

Os diálogos acima foram travados na terça-feira 7 em um programa que, tradicionalmente, prima pelo conservadorismo, a novela das nove. Foi visto por cerca de oito milhões de famílias brasileiras, se considerada a média de audiência nacional da trama no dia, de 40 pontos. A conversa seria mais um roteiro banal de novela caso os personagens envolvidos não fossem dois homens gays que se tornaram o principal par romântico da história – Niko, papel de Thiago Fragoso, e Félix, em interpretação magistral de Mateus Solano. A despeito do formato pouco liberal, “Amor à Vida”, da Rede Globo, tem hoje o primeiro casal gay protagonista de uma novela, justamente a do horário mais nobre da grade. Segundo a Globo, telespectadores chegam a ligar para a Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) da emissora para se manifestar a favor da dupla. Em grande parte, os louros pelo sucesso do romance são de Solano. Com uma interpretação minuciosa, pendendo ora para o humor, ora para o drama, o ator de 32 anos fez o espectador torcer para o mau-caráter que, nessa reta final, tem expurgado seus pecados de forma convincente. “Félix conquistou o telespectador como vilão por ser engraçado, emotivo, impulsivo, contraditório, como, em última análise, todos nós somos”, diz o autor Walcyr Carrasco. “A performance de Mateus Solano tem tudo a ver com o êxito da história”, afirma Maria Immacolata Lopes, coordenadora do Centro de Estudos de Telenovela da Universidade de São Paulo (USP).

EM CENA
                                                                                     O autor Walcyr Carrasco admite: inicialmente, Niko (à esq.) e 
                                                                                     Félix não formariam um casal.
                                                                                     Agora, telespectadores ligam para a Rede Globo pedindo que eles 
                                                                                     fiquem juntos

EM CENA
O autor Walcyr Carrasco admite: inicialmente, Niko (à esq.) e Félix não formariam um casal.
Agora, telespectadores ligam para a Rede Globo pedindo que eles fiquem juntos

Mas há de se pesar outros fatores para o sucesso da dupla gay, principalmente a mudança da sociedade, em que a maioria heterossexual tem se tornado mais sensível a temas ligados ao universo LGBT. Em outros tempos, casais homoafetivos tiveram suas histórias modificadas por causa da rejeição do público – o caso mais emblemático foi o de “Torre de Babel”, exibida pela Globo em 1998, em que duas personagens foram mortas porque os espectadores não aprovaram o romance lésbico entre elas. O próprio autor da novela, Silvio de Abreu, admite que, se fosse exibida hoje, a história não causaria tanta comoção. “Casais gays são uma constante nas tramas e já não assustam mais ninguém”, diz ele, que teve outros homossexuais em suas obras: Sandrinho (André Gonçalves) e Jefferson (Lui Mendes), de “A Próxima Vítima”. “A principio, a história deles havia sido vetada até pela emissora”, afirma. Não que o fato de Niko e Félix se envolverem tenha peso para mudar a sociedade ou indique que o preconceito está prestes a acabar. Mas, de alguma maneira, leva para os milhões de famílias que acompanham a trama diariamente um assunto que, em muitos lares, é considerado tabu. O interessante, no caso de “Amor à Vida”, foi que o romance homossexual parece ter sido uma vontade do público seguida por Carrasco, que não planejava, inicialmente, unir Niko e Félix. “Sou muito instável como o autor e justamente por isso é que hoje existe esse casal”, diz. Sempre atento às opiniões alheias, ele afirma que a mentalidade do País está mudando sim. “Casais formados por pessoas do mesmo sexo estão deixando de ser algo marginal à sociedade para entrar na legalidade.”


Trajetória de Mateus Solano

Ver dois gays se tornarem o principal casal romântico de uma novela, um produto de comunicação de massa exibido por uma emissora que, na iminência de perder audiência, sempre pende para o conservadorismo, é indício de que os tempos são outros. “É uma feliz junção de signos artísticos perfeitamente harmoniosos com uma nova etapa da evolução social”, afirma Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP. De fato, é um tema da agenda do País. Um dos marcos da discussão pelos direitos dos homossexuais se deu em 2011, quando o casamento gay foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal por unanimidade. “Por que o homossexual não pode constituir uma família? Por força de duas questões que são abominadas pela Constituição: a intolerância e o preconceito”, afirmou à época o ministro Luiz Fux. No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela obrigatoriedade dos cartórios de oficializarem matrimônios entre pessoas do mesmo sexo. Também em 2013 a cantora Daniela Mercury assumiu seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, fazendo o tema voltar à tona com vigor. A discussão, tanto no âmbito legal e político quanto no cultural, contribui para dar visibilidade ao assunto. “É uma maneira de quebrar estigmas retratando a questão com naturalidade. Faz os mais conservadores refletirem e pode ajudar quem está em conflito com a própria sexualidade a ver que outras pessoas passam pelos mesmos dilemas”, diz a psiquiatra Alessandra Diehl, coordenadora do curso de pós-graduação de Transtornos da Sexualidade da Universidade Federal de São Paulo.

Um personagem contra o preconceito

Para Maria Immacolata, do Centro de Estudos de Telenovela da USP, o folhetim nacional é mais do que um retrato do cotidiano dos brasileiros. “Se fosse só isso, a novela seria muito mais conservadora. Acredito que ela elabora temas sociais e devolve uma discussão mais avançada. Tanto é que, no Exterior, quem vê nossas tramas tem a impressão de que os brasileiros são muito mais liberais do que de fato são”, afirma. Mas, para entender melhor a questão, é importante diferenciar o público do privado, segundo o psicólogo Paulo Tessarioli, especialista em sexualidade. “A temática gay é aceita com mais naturalidade na televisão do que no meio social. Individualmente, o espectador aceita ver um casal homoafetivo e até torce por ele. Porém, encontrar esse casal na rua, no espaço público, ainda assusta, porque coletivamente ainda existe muito preconceito.” Segundo o Grupo Gay da Bahia, organização que compila anualmente agressões contra homossexuais e transexuais, em 2013 foram registrados 306 homicídios de gays no País. O dado faz parte de um estudo inédito que será divulgado no final deste mês. “É um pouco menos do que em 2012, com 338. Mas o Brasil ainda responde por 44% desses crimes cometidos em todo o mundo”, afirma Luiz Mott, antropólogo e fundador do grupo. Já as queixas em relação a crimes de homofobia crescem timidamente. Em São Paulo, por exemplo, segundo a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), foram registrados nos anos de 2011, 2012 e 2013, respectivamente, 30, 41 e 49 boletins de ocorrência relacionados a delitos praticados contra a população LGBT – o órgão esclarece que esse número deve ser maior.

Homossexualidade na telinha

Para Mott, apesar de as novelas abordarem o mundo gay, ainda há uma forte homofobia cultural. “Muitos telespectadores só aceitam o gay como o engraçado, para provocar riso. É preciso mostrar os tipos diferentes, não só o caricato. Além disso, deviam exibir cenas de intimidade afetiva, como acontece com os casais héteros.” Em “Amor à Vida”, o casal “oficialmente” protagonista, formado por Paloma (Paolla Oliveira) e Bruno (Malvino Salvador), já encenou momentos quentes. Nem isso, porém, foi suficiente para mantê-los em alta. Já sem conflito para ser resolvido – e, consequentemente, sem brilho –, a grande expectativa de desfecho é entre Niko e Félix. Mais do que ficarem juntos, será que os dois vão protagonizar o famigerado beijo gay, um dos grandes tabus da tevê? Um selinho poderia ser um grande final para um casal pelo qual a audiência torce. Mauro Mendonça Filho, porém, diz que isso não é uma preocupação. “Acho que já rompemos outras barreiras na novela. Sendo bem sincero, essa questão até me soa como algo do passado.” Para Carlos Magno Fonseca, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a televisão está atrasada em adiar o tal beijo. “Mas mostrar um casal gay adotando uma criança é até mais importante, pois tem a ver com direitos civis.” Irineu Ramos Ribeiro, autor do livro “A TV no Armário – A Identidade Gay nos Programas e Telejornais Brasileiros”, acredita que dificilmente Félix e Niko vão protagonizar uma cena de afeto mais intensa. “Um beijo iria incomodar o público, e não é isso que a emissora quer.”

Um personagem contra o preconceito

Com ou sem beijo, o grupo dos personagens inesquecíveis da teledramaturgia nacional ganhou um novo membro, graças à interpretação primorosa de Solano. E pensar que, antes de a novela estrear, o ator se preparava – e até torcia – para ser odiado. “Acho um barato ser um vilão e receber vaias”, diz. A missão era mesmo difícil. Retratado como vítima ou personagem submisso, o homossexual, dessa vez, apareceria malicioso e mau-caráter. Bem diferente do estereotipado Crô, personagem de Marcelo Serrado em “Fina Estampa”, de 2011/2012, e de vários outros papéis que carregavam na afetação. Mas bastou o primeiro capítulo ir ao ar para a “bicha má” se tornar um dos preferidos do público. Mauro Mendonça Filho, diretor da trama, chega a falar do “talento extraordinário” de Solano como explicação para o par com Niko ter dado tão certo. Para Fonseca, presidente da ABGLT, a interpretação é convincente. “O personagem tem o que chamamos de ‘pinta’, usa o linguajar gay, mas não é tão caricato como os de outras tramas.” No papel do bonzinho Niko, o ator Thiago Fragoso, que praticamente virou a “mocinha” da novela, tamanha a torcida para o seu final feliz, também deu muita contribuição para o sucesso da dupla. Tanto que já foi apontado por espectadores como um dos preferidos da trama. “Ele sempre foi carinhoso, justo e lutou para ser pai. Isso floresceu a empatia com o espectador”, afirma Maria Immacolata, da USP. O próprio Fragoso credita ao sonho do personagem de ter uma família uma das razões para a boa aceitação. “Me parece que, numa sociedade conservadora, o desejo de paternidade/maternidade é o melhor atalho para o coração do público”, afirma Fragoso. Soma-se a isso o sofrimento de Niko em diferentes partes da narrativa e, claro, a ótima interpretação do ator, que parece ter ficado ainda melhor desde o início do romance. “Ele fez uma composição sensível e foi o bom caráter da novela”, afirma o diretor Mauro Mendonça Filho. “Ficou fácil torcer pelos dois. Vejo crianças, homens rudes e senhoras conservadoras torcendo por esse amor.” Agora é esperar pelos próximos capítulos.


“Estava preparado para ser odiado”

Um personagem contra o preconceito

ISTOÉ - Você chegou a temer que um personagem gay e vilão provocaria antipatia entre os homossexuais?
Mateus Solano - Pelo contrário. Foi um dos meus maiores estímulos, o desafio desse personagem. Não só por ser inédito, mas pelas características desafiadoras mesmo. Eu estava preparado para tudo, até para ser odiado. Eu acho um barato você ser um vilão e receber vaias.


ISTOÉ - Por que os personagens gays de “Amor à Vida” conseguiram uma empatia maior do público do que os de outras novelas?
Solano - Acho que o Walcyr (Carrasco) escreveu personagens mais humanos.
O homossexual sempre foi, e é até hoje, acho que por medo da não aceitação, pintado com tintas muito fortes e estereotipadas. Não que o Félix não tenha essas tintas, mas ele também tem um outro lado, muito humano. E, com o humano, vêm as verdades e as questões que o homossexual passa na nossa sociedade até hoje. Tudo isso está colocado de uma forma muito prazerosa de se assistir. Os personagens são muito carismáticos e têm identificação com o público, mesmo o público em questão não sendo homossexual.


ISTOÉ - Em que medida você procurou evitar construir um personagem muito estereotipado ou caricato? Isso ajudou ou atrapalhou a identificação do público?
Solano - Em toda a medida eu tentei. Na verdade, quando eu recebi a proposta era fazer um personagem gay que estava dentro do armário. Mas, quando eu li o primeiro capítulo, eu já vi que um cara que fala “pelas contas do rosário”, “salguei a santa ceia” e jargões do universo gay… Ele não podia estar dentro do armário. Fui abrindo mão da seriedade que eu havia pensado para o personagem e passei a aceitar que o Walcyr (Carrasco) estava escrevendo um personagem bem mais colorido. Aos poucos, eu também percebi que essa histrionice do Félix tinha muito mais a ver com a sua vontade de aparecer do que qualquer outra coisa. O que eu acho mais precioso foi a cena em que foi “revelada” a homossexualidade do Félix. A reação de todo mundo não foi de surpresa, foi de “ah, meu Deus, vou ter que mexer neste vespeiro”. Quando cai a máscara, quem sai do armário é a sociedade que está em volta do Félix e a família dele. Eles que têm que sair do armário e aceitá-lo como ele sempre foi. Por mais que falasse que não era gay, ele gritava isso aos sete ventos.


ISTOÉ - É possível para o Félix se redimir sem mudar seu estilo, ou seja, o público vai relevar seu lado sarcástico?
Solano - Eu acho que é o que o público quer. O Walcyr (Carrasco) escreve para o público. Ele escreve em cima do que o público vai achando e dizendo enquanto a novela está sendo exibida. Então acho que, neste sentido, essa redenção que ele está encontrando não significa que ele vá perder esse sarcasmo. Essa que é a delícia. Você tem um Félix que, apesar de dizer que é mau, você vê que é um cara carinhoso. Por mais que ele queira continuar com essa máscara de malvado.


Fotos: João Cotta/ Rede Globo; Montagem sobre foto de Masao Goto Filho/Ag. Istoé; MAX G PINTO; Renato Rocha Miranda; Rafael Hupsel/Agência Istoé; Estevam Avellar/ Rede Globo

Especialistas veem a proximidade como parceira à criação

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Até quando a influência dos irmãos é benéfica? 
                                                                                         Psicólogos contam

Até quando a influência dos irmãos é benéfica? Psicólogos contam

Filho de peixe até pode ser peixinho, mas e o irmão do peixe, como fica? Vários estudos buscam entender como os irmãos se influenciam no decorrer da vida e podem ser tão importantes quanto os pais na formação dos valores. “O problema é que as influências podem ser boas ou más. E mesmo quando os irmãos se dão mal, o fato de viverem no mesmo ambiente faz com que se influenciem mutuamente”, comenta o psicólogo clínico Alessandro Vianna.


Como 'nossos' pais
O também psicólogo Paulo Tessarioli explica esse fenômeno a partir da fratria, o sentimento de fraternidade entre os irmãos. De acordo com ele, irmãos brigam mesmo, porque a rivalidade é constante. Afinal, dividem até os pais. Mas completa que há muitos aspectos positivos: "em muitas famílias quem serve de exemplo não são os pais, mas os irmãos mais velhos. Seja para fazer igual ou o oposto".

Segundo ambos os profissionais, ter o irmão mais velho como referência é plenamente saudável, mas exige alguns cuidados por parte dos pais. "Um irmão mais velho não tem a responsabilidade de educar o mais novo. Cabe aos pais ficar atentos a esse tipo de referência e nunca se acomodarem", explica Vianna, e completa: "Uma forma deturpada de modelo de irmão mais velho influenciará diretamente na formação de personalidade do mais novo. Existem riscos também de se pular etapas de desenvolvimento".


Quando intervir?
Para Paulo Tessarioli, dificilmente será necessária uma intervenção na relação entre dois irmãos. "Vai chegar uma fase em que o processo de diferenciação já vai acontecer. Geralmente coincide com a fase da entrada na adolescência ou no primeiro namoro", explica Tessarioli. Isso também vale para os irmãos gêmeos. Sendo assim, ele orienta que, a não ser que a relação entre os filhos esteja produzindo mais aspectos negativos que positivos, não há motivos para se opor. E ressalta: "o importante é que reflitam os valores da família".


A lenda do filho caçula
Já é quase um ditado popular que o filho mais velho é mais comportado do que os mais novos. Segundo Vianna, isso normalmente vem da experiência dos pais. "Quando nasce o primeiro filho, os pais ficam mais preocupados, controlam mais, limitam mais, ficam mais atentos aos valores, consequentemente esta primeira criança acaba sendo de certa maneira mais zelada. Quando vem o segundo filho, os pais tendem naturalmente a relaxar um pouco mais na educação, pela falsa sensação de segurança e de já ter 'conhecimento de causa'". Ou seja, se estiver esperando o segundo filho, não se desespere!

Segundo psicólogos, hábitos alimentares dos pais podem influenciar os filhos

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Entenda as diferenças entre os distúrbios alimentares 
                                                                                         e identifique o problema

Entenda as diferenças entre os distúrbios alimentares e identifique o problema

Seja no verão, quando as dietas estão em alta, ou no resto do ano, casos de distúrbios alimentares como anorexia e bulimia infelizmente são bastante recorrentes. De acordo com a psicóloga Luciana Kotaka, “um dos fatores que tem contribuído para o aumentos dos transtornos alimentares é a cultura do corpo magro como bonito e sendo sinônimo de felicidade. Como a mídia vem propagando essa crença fica muito difícil mudar esses conceitos tão impregnados em nossa cultura”.

Possível em homens e mulheres de várias idades, os transtornos alimentares costumam se desenvolver devido a uma bagagem que começa a surgir desde cedo. “A tendência é que os filhos vejam os pais como modelos. Se um dos pais tem mania de dieta ou come demais, o filho ou vai fazer igual ou o contrário. Desde a infância, as crianças fazem tudo igual aos pais ou o oposto. Então é importante criar bons hábitos alimentares desde cedo nos filhos”, orienta o psicólogo Paulo Tessarioli.


Diferencie os distúrbios
Muitas pessoas confundem as características dos dois distúrbios, o que pode inclusive dificultar o tratamento. Segundo Luciana Kotaka, “na anorexia nervosa estabelecem o peso ideal muito abaixo dos padrões saudáveis, e caminham em busca deste peso de forma agressiva, desenvolvendo formas variadas de controle sobre o apetite, pois valorizam a ideia de evitar alimentos que possam engordar, utilizando estratégias para não se alimentarem e não deixarem que seus pais percebam esse movimento. Vão perdendo peso gradativamente, e sentem-se no controle da situação.”

Na bulimia, por outro lado, os sintomas são bastante diferentes. “A pessoa ingere uma grande quantidade de comida em um curto período de tempo. Pode ingerir cerca de 2.000 a 5.000 calorias em cada episódio, vindo acompanhado pela sensação de completa perda de controle, com sentimentos de culpa e vergonha. Após esses episódios de compulsão são utilizados métodos compensatórios de purgação como: vômitos autoinduzidos, laxantes ou diuréticos, enemas, exercícios físicos extenuantes e jejuns prolongados”, explica


Perceba o problema
É comum que as pessoas se preocupem, às vezes até de maneira exagerada, com o peso. Se esse comportamento passar dos limites, no entanto, é hora de prestar atenção. “O sinal mais comum da anorexia que podemos identificar é uma extrema preocupação com o peso corporal. Entretanto, hoje em dia, isso é um sintoma que muitos jovens e adultos apresentam. Ainda assim, é o primeiro indício e que deve iniciar mais observações para que se tenha certeza sobre o diagnóstico”, diz o nutricionista Thiago Siqueira.

Outro sinal destacado pelo nutricionista é a recusa em comer na frente de outras pessoas. “Quem possui a doença prefere se alimentar sozinho para que outros não notem o consumo radicalmente pequeno de alimentos. Na maioria dos casos, as pacientes que apresentam anorexia nervosa já possuem um histórico de outros problemas psicológicos que auxiliam na instalação e sustentação da anorexia.”

Os sinais, apesar de ajudarem a identificar os problemas, devem ser analisados com cuidado. O psicólogo Paulo Tessarioli alerta que nem sempre indicam a presença de distúrbios alimentares. “Se não tiver proximidade com a pessoa é muito difícil perceber. Não se alimentar na frente dos outros, por exemplo, pode ser um hábito de família, pois muitas pessoas têm uma cultura de fazer as refeições apenas na presença de pessoas com quem têm intimidade”.


Saiba tratar
Do ponto de vista da nutrição, não se pode esquecer de que a pessoa está muito desnutrida, desidratada e, provavelmente, com vários outros problemas decorrentes da falta dos nutrientes. Assim, voltar a comer tudo de uma vez pode não fazer tão bem quanto parece. O nutricionista Thiago Siqueira faz questão de ressaltar é a importância da hidratação.

“Após os exames laboratoriais, o consumo adequado de vitaminas e minerais, mesmo que em forma de suplementação, é indicada, digo isso pois muitas vezes o volume gástrico reduzido que a anoréxica possui, impossibilita qualquer consumo adequado de vitaminas e minerais só pela alimentação padrão. Outro ponto é focar o consumo adequado de carboidratos, proteínas e gorduras, de acordo com as necessidades, de preferência usando alimentos e suplementos que possuem alta densidade calórica, ou seja, alimentos leves mas com grande quantidade calórica inserida”.

Quanto à parte psicológica, Paulo Tessarioli alerta que, enquanto a pessoa não admitir que tem um problema, fica muito difícil falar sobre ele. A abordagem do assunto deve ser delicada e feita por alguém com proximidade e intimidade. “O mais importante é a comunicação, para evitar que o transtorno se instale de forma que leve a pessoa a uma internação, por exemplo.”

Em um primeiro momento, o profissional não recomenda um psicólogo. Isso, porque a pessoa pode, por resistência ao tratamento, associar a imagem do profissional à loucura e se fechar ainda mais. "O importante mesmo é um profissional especializado. Aí vai do ideal para cada um.

29/11/13: Arma virtual na guerra dos sexos
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Aplicativo que avalia e dá nota para os homens vira febre, cria polêmica e eles preparam revanche

Por: Mariana Brugger

(Matéria publicada na revista IstoÉ)

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                                                                                     baixaria

RISCO
Aplicativos que rotulam as pessoas podem cair na baixaria

Com diferenças. Enquanto no Lulu os critérios de avaliação são pré-estabelecidos, no Tubby – desenvolvido por um grupo de paulistanos – os próprios usuários poderão criar as definições das mulheres. Aguarda-se uma troca de baixarias na internet, uma guerra de sexos com grande potencial para gerar mágoas. “O Lulu é uma rede para dividir experiências, um ambiente leve e positivo. As mulheres precisam de referências para relacionamentos também”, defende Deborah Singer, diretora de marketing do Lulu, à ISTOÉ. “Estamos trabalhando em um algoritmo que detecte conteúdo inapropriado. Não vamos agradar a todos, mas a ideia é brincar de forma saudável”, explica Guilherme S., um dos idealizadores do Tubby, que prefere o anonimato.

Mas não há como agradar a todos, e o Lulu já começa a perceber isso. Pelo menos um jovem já abriu processo por uso indevido de imagem, e pede ressarcimento por danos morais. “Meu cliente teve sua intimidade exposta indevidamente. Consideramos esse aplicativo um solo fértil para o bullying virtual”, argumenta o advogado Fábio Scolari, que defende o estudante de direito e primo Felippo de Almeida Scolari, 28 anos. A “vítima”, que tem uma namorada há mais de um ano, recebeu nota 8,5 e adjetivos como #SafadoNaMedidaCerta e #MãosMágicas.

A primeira semana do Lulu no Brasil

Fonte: Lulu

Rotular as pessoas dessa forma pode ter consequências. “Há um risco de as pessoas se deprimirem ou ficarem ainda mais tímidas com avaliações públicas assim”, afirma o psicoterapeuta Paulo Tessarioli, do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade. Para Maria Cristina Romualdo Galati, do Centro de Estudos da Sexualidade Humana – Instituto Kaplan, essa grande exposição pode causar um impacto muito forte, especialmente nos mais jovens. “É muito frio avaliar uma pessoa só por uma nota”, diz. O Lulu foi criado pela jamaicana Alexandra Chong e já existe há nove meses nos Estados Unidos. O Brasil foi o segundo País a receber o aplicativo.

Publicar vídeos e imagens sem consentimento é crime, mas pena é leve

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

Revenge Porn: o que fazer em caso de vazamento de 
                                                                                         vídeos íntimos?

Revenge Porn: o que fazer em caso de vazamento de vídeos íntimos?

Você está em uma relação feliz e saudável, e eis que um dia surge a proposta: “vamos gravar um vídeo sensual?”. Pensando no amor e cumplicidade, muitas mulheres cedem a esse pedido que mais tarde pode se mostrar um verdadeiro problema. É nesse momento que você descobre que estava dormindo com o inimigo. Nas últimas semanas, casos de “revenge porn” (pornô de vingança, em português) chocaram o país, e um com um desfecho trágico: o suicídio da estudante Julia Rebeca, de 17 anos, depois de seu ex-namorado vazar um filme íntimo dos dois.

Não é de hoje que fotos e vídeos com teor sexual vazam na internet, seja por vingança ou mesmo por falhas de segurança virtual. Em um mundo cada vez mais conectado na web, esse tipo de exposição pode trazer uma série de problemas, que vão desde o sentimento de falta de confiança até a depressão profunda. “O impacto é devastador, não importa em qual grau. Pode não ser absorvido num primeiro momento, mas sentimentos ruins afetam negativamente a vítima”, explica o psicólogo especialista em sexualidade Paulo Tessarioli.


Procure ajuda
Você está passando por essa situação? O ideal é procurar ajuda imediata, já que a raiva e a depressão são muito comuns após esse tipo de exibição. “Você tem o ódio, a raiva, o sentimento de traição e a despersonalização, que é quando perde o sentido de ser uma pessoa, porque todo mundo sabe como é o seu corpo, seu íntimo deixa de ser só seu e isso acaba fazendo um grande estrago”, diz o profissional.

A primeira atitude é lembrar-se que todo problema tem uma saída, e que a vítima nesse caso é você. “É necessário procurar uma rede de apoio, como gente querida e próxima e depois um profissional. As pessoas na sua maioria não têm como lidar com essa situação e às vezes acabam dizendo coisas como ‘mas também, você foi gravar um vídeo desses?’”, conta.


Questão legal
No dia 23 de outubro, o deputado federal Romário apresentou um projeto de lei que transforma em crime a divulgação indevida de material íntimo. Na prática, essa atitude já é crime, mas as punições ainda são leves e pouco eficientes. “Sem dúvidas é crime, tipificados nos artigos 139 e 140 do Código Penal (Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação; Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro), porém as penas juntas não passam de um ano de detenção e normalmente é convertida em prestação de serviços para a comunidade”, explica o advogado especialista em crimes virtuais Jonatas Lucena.

Apesar de ainda não resultar de fato em cadeia, no caso de maiores de idade, Lucena afirma que é possível entrar em com uma ação de reparação de danos morais e tentar receber uma quantia do infrator pelos danos causados a sua imagem. Vale lembrar que não é apenas quem jogou o conteúdo na internet que comete infração: “comete crime aquele que posta e quem repassa os vídeos e imagens”.

Lucena aconselha a procurar um especialista em crimes virtuais, que tomará a providência inicial de pedir a retirada do conteúdo postado ilegalmente, a descoberta dos criminosos e, a seguir, dará andamento ao processo de reparação de danos.


Não caia nessa
A melhor maneira de evitar esse tipo de situação é se prevenir, sempre. Não tenha medo de negar ao parceiro a filmagem, apenas deixe claro que não é uma questão de falta de confiança nele, e sim em um sistema de segurança falho, onde até mesmo aparelhos celulares são invadidos pelos famosos hackers. “É não e pronto. Você deve negar e o parceiro, se gosta mesmo de você, vai entender. Tem que ter firmeza nesse sentido, porque você pode confiar na pessoa, mas o que está em cheque é um sistema de comunicação que não é seguro”, garante o psicólogo Tessaroli.

Acredite, não é apenas com o convite que você deve ficar ligada: muitas imagens acabam vazando na internet porque um companheiro sexual capturou cenas sem que a outra parte percebesse. “Esteja atenta. Se for para uma noitada com alguém que não tem um relacionamento, vá de cara limpa, se a pessoa pegar o celular na cama se cubra, você nunca sabe o que ele está de fato fazendo”, indica.

Para os pais, a dica é aconselhar muito bem as crianças e adolescentes. “Não é incomum encontrar vídeos feitos por crianças dentro do banheiro, por exemplo. Elas não sabem no que estão se metendo e isso vai parar em sites de pornografia. Tenha diálogo constante, aberto e interaja, acesse a internet junto com a criança, diga o que pode e o que não é seguro. Isso também é responsabilidade de pai e mãe, e esse tipo de conhecimento por parte deles é fundamental”.


Do outro lado
Encontrou um vídeo de um conhecido navegando na web? Muita gente costuma ficar calada quando isso acontece, o que pode ser um erro. “Falta um pouco de assertividade para as pessoas. Tem que contar mesmo, é uma questão ética e de se colocar no lugar do outro”, finaliza Tessarioli.

20/11/13: Tem dificuldades para falar sobre drogas com os filhos? Especialista conta como orientar
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Psicólogo revela que a preparação desse diálogo tem que vir desde cedo

(Matéria publicada no portal DaquiDali)

É difícil falar sobre drogas com os filhos? 
                                                                                         Aprenda a orientar

É difícil falar sobre drogas com os filhos? Aprenda a orientar

Desligar a TV não é a solução: o problema das drogas vai além dos noticiários e dos personagens de novelas. Ele está presente na vida de todos, seja por um conhecido que tenta se livrar do vício ou pelo medo de que um ente querido se transforme em usuário. Por isso, é imprescindível que os pais conversem com os filhos sobre o assunto sem ter medo de potenciais constrangimentos ou de causar ainda mais curiosidade quanto ao prazer que essas substâncias podem proporcionar.

Para o psicólogo Paulo Tessarioli, o mais importante é criar um canal de comunicação com as crianças desde o início de sua criação. “Com a internet, desde muito novas as crianças têm o mundo na palma das mãos. Isso faz com que, se os pais não orientarem, os filhos tenham mais dificuldade em aprender as noções de limites”, diz.


Papo sério, mas sem ser chato
O profissional destaca, contudo, que essa orientação deve ser equilibrada e não cair nas armadilhas de parecer autoritária ou descontraída demais. “Os pais devem se colocar próximos dos filhos, mas sem comprometer a hierarquia. Amigos são dispensáveis, mas os pais são necessários até o fim da vida”, explica. É extremamente importante que, desde pequenos, os filhos entendam que os pais têm interesse na vida deles e estão abertos a ouvi-los.

Para falar sobre drogas, assim como sobre sexo, é preciso já ter espaço e intimidade para o diálogo, algo que deve ser conquistado aos poucos. Em todo caso, se os pais não sentem essa conexão com as crianças podem dividir a missão com alguém que tenha essa proximidade, como os avós. “Se o filho não tem o costume de contar sobre a sua vida para os pais, não se sentirá à vontade para conversar sobre qualquer assunto”. Ou seja, sem intimidade entre os pais e os filhos, a conversa pode tomar um ar formal e não ter o efeito desejado.


Direcione a conversa e vá além dela
É necessário alertar crianças e adolescentes sobre influências externas no momento de experimentar ou não drogas lícitas e ilícitas, mas esse não é o único caminho que o discurso deve tomar. “Culpar as influências é muito óbvio, mas nem sempre certo. Se fosse assim, quase todo mundo seria usuário de drogas”, afirma Tessarioli.

Para enriquecer a conversa, é possível falar das consequências do uso de drogas, como a dependência, os problemas de saúde e até a perigosa convivência com traficantes. Lembre-se sempre de estar atento às perguntas e argumentos do seu filho, que podem ser mais direcionados, dependendo da idade dele.

O papo e a orientação são de grande importância, mas são ainda mais efetivos quando os pais ficam atentos à vulnerabilidade e aos problemas emocionais dos familiares.

O psicólogo destaca que poucas são as pessoas que apreciam as drogas de primeira. “O gosto em si da droga é ruim. A pessoa que usa pode ser para superar algum problema emocional maior do que o gosto ou sensação ruins”, defende. Ainda de acordo com ele, em boa parte dos casos, a iniciativa do consumo parte da própria pessoa, que recorre às drogas para superar a falta de habilidade em se socializar.

Dessa forma, para os pais, além de criar um canal de diálogo desde cedo, cabe evitar atitudes que possam acarretar em problemas emocionais, por exemplo pensando muito bem se está mesmo na hora de ter filhos. “O amor aos filhos é algo recente. Antigamente os filhos serviam para mostrar a ‘consistência’ do casal, assim como hoje em dia têm passado a serem vistos como bens de consumo, o próximo item da lista para uma vida feliz. O que acontece é que, muitas vezes, os pais não sabem criar os filhos, porque não sabem amá-los. Isso pode terminar em negligência.”

25/10/13: Dossiê do vibrador
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De tratamento psicológico a artigo sexual, conheça um pouco da história desse aparelho que ajudou a desmistificar a sexualidade feminina

Por: Por Bianca Castanho - iG São Paulo

(Matéria publicada no portal iG)


Não é de hoje que a popularidade dos vibradores é tão vasta quanto sua eficácia. Inicialmente desenvolvido com objetivos médicos, o manipulador caiu no gosto popular, ganhando o título de um dos brinquedos eróticos mais vendidos no mundo. “O vibrador é um dos produtos mais femininos que existe, pensado para a saúde da mulher. Foi algo muito libertador”, comenta a presidente da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (ABEME) e autora do e-book “Vibrador – o livro”, Paula Aguiar.

Criado com fins terapêuticos no final do século 19, o vibrador foi inventado para curar um dos males que, acreditavam os especialistas, afligia as mulheres nessa época: a histeria. Responsável por dores, mudanças bruscas no humor, sonambulismo e outros tipos de sintomas, a solução encontrada para a cura temporária da doença era a manipulação da vulva da paciente. A prática acontecia no próprio consultório do médico, e o resultado era chamado de “paroxismo histérico”, quando a vulva se contraia e ficava lubrificada. Hoje em dia, essa cura é conhecida por um nome muito mais agradável: orgasmo.

Para ajudar suas pacientes, os médicos podiam ficar horas na manipulação da vulva, esperando o efeito amenizador dos ataques histéricos. Em 1869, para facilitar o trabalho e otimizar os atendimentos, o médico George Taylor criou um aparelho à vapor muito mais eficiente que os dedos médicos, chamado The Manipulator, ou O Manipulador. Nascia, em Londres, o primeiro vibrador.

O sucesso do aparelho ajudou a saúde sexual de inúmeras mulheres, e em 1880, o médico Joseph Mortimer Granville criou uma versão do manipulador movido à manivela. Essa praticidade fez com que as pacientes não precisassem ir até o consultório para receber o “medicamento”, melhorando os sintomas da doença no conforto do seu próprio lar. A partir daí, o vibrador passou a ser um dos produtos mais vendidos no mercado dos eletrodomésticos, com anúncios em jornais de grande circulação. “O vibrador era tido como um eletrodoméstico que servia para curar a dor. Era vendido nos grandes magazines da época”, conta Paula Aguiar.

No começo dos anos 20, no entanto, o vibrador começou a ser utilizado em filmes pornográficos, ganhando uma conotação sexual negativa. “A questão cultural da sociedade influencia na imagem de um determinado produto. A sexualidade em si é um grande tabu”, diz Paula. A disseminação dessa fama do vibrador foi prejudicial, fazendo com que o produto perdesse lugar nas prateleiras, até cair no esquecimento.

Seu retorno foi nos anos 50 e 60, com a revolução sexual e o surgimento da pílula anticoncepcional.

Além de revolucionário, o uso do vibrador abriu as portas para uma questão muito mais complexa: a sexualidade feminina. “As mulheres são tão ativas sexualmente quanto os homens, mas elas não têm tanto acesso ou contato com seu órgão sexual. A masturbação feminina sempre foi vista como algo errado”, explica o psicoterapeuta sexual Paulo Tessarioli. “A grande sacada do vibrador é permitir todo esse conhecimento do corpo feminino que, por muito tempo, esteve restrito”.

O fato das mulheres conseguirem atingir o orgasmo de maneira independente, no entanto, acabou causando uma ruptura em tudo o que sempre se acreditou na questão do sexo. “Agora, a mulher não precisava de um pênis, não precisava de penetração para sentir prazer. Ela podia fazer isso sozinha! Foi uma verdadeira mudança”, comenta Paulo.

O psicoterapeuta afirma que apesar de o conhecimento sobre o órgão sexual feminino já estar quase esgotado, ainda existem questões que precisam ser trabalhadas. “Antigamente, falavam que a mulher tinha uma tal de ‘inveja do pênis’, como se a mulher não tivesse sexualidade igual ao homem. Isso era sobre o clitóris, uma estrutura incrível no quesito de prazer feminino.”

Paula Aguiar comenta que, por maior que tenha sido uma revolução, a compreensão em volta do vibrador ainda está se desenvolvendo. “As mulheres ainda vão perceber a importância desse equipamento, e os homens também! Ele vai perder aquela pressão de ser o responsável pelo orgasmo. Mas é importante lembrar que, por melhor que seja, nenhum aparelho substitui o homem.”

Evolução dos vibradores se mistura à história da liberação sexual feminina

Evolução dos vibradores se mistura à história da liberação sexual feminina

Foto: Divulgação/Good Vibrations

16/10/13: Programa "A Liga"
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O Programa "A LIGA", da TV Bandeirantes, apresenta o tema "Fetiche" e entrevista o psicólogo Paulo Tessarioli, especialista em sexualidade.

Assista a entrevista

01/10/13: Dia do Idoso – Pesquisa de site de relacionamento “Coroa Metade” mostra que homens mais velhos querem casar mais que as mulheres
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(Matéria publicada no jornal Coroa Metade)


Pesquisas realizadas pelo site de relacionamento Coroa Metade (www.coroametade.com.br), com 2.427 usuários a partir dos 60 anos de idade e 7.563 usuários a partir dos 50 anos, trouxeram resultados “surpreendentes”: os homens, proporcionalmente, querem casar mais que as mulheres (veja quadros abaixo). O site, idealizado e criado pelo jornalista Airton Gontow, completou recentemente dez meses de “vida”.

Para Paulo Tessarioli resultado da pesquisa não surpreendeu

Para Paulo Tessarioli resultado da pesquisa não surpreendeu

Pesquisa realizada com homens e mulheres a partir dos 60 anos de idade (através do perfil de 2.427 pessoas)

Procuram Homens Mulheres
Sexo 28% 7%
Ficar 25% 2%
Casamento 29% 21%
Romance 41% 44%
Amizade 53% 50%
Namoro 62% 75%

Pesquisa realizada com homens e mulheres a partir dos 50 anos de idade (através do perfil de 7.563)

Procuram Homens Mulheres
Sexo 36% 7%
Ficar 26% 3%
Casamento 25% 22%
Romance 38% 38%
Amizade 47% 49%
Namoro 60% 71%

Números gerais do site*
- 75 mil cadastros
- 13,5 milhões de páginas vistas~
- 980 mil visitantes
- 54% de mulheres
- 46% de homens
- 42% entre 40 e 49 anos
- 38% entre 50 e 59 anos
- 16% entre 60 e 69 anos
- 4% acima de 70 anos

*atualizados dia 25 de setembro


Sobre o site Coroa Metade

Sobre o site Coroa Metade

O preço da assinatura mensal é de R$ 37,90. A trimestral sai por R$ 74,70 (em até 3 X de 24,90 com cartão de crédito) e a semestral à vista por R$ 113,40 (que equivale a R$ 18,90 por mês, ou seja, 50% de desconto em relação ao preço da assinatura mensal) ou R$ 125,40 a prazo (em até 6 X de 20,90, com cartão de crédito).

O Coroa Metade segue os famosos modelos de matchmaker, sites de encontros, surgidos nos Estados Unidos, onde as pessoas preenchem amplos cadastros antes de começar a teclar. O objetivo é traçar o perfil pessoal do eventual parceiro (a) e assim aumentar as chances de encontrar alguém que realmente valha a pena. “Vimos em nossas pesquisas e encontros realizados com grupos que têm o perfil do site, que a idade torna as pessoas mais seletivas. São homens e mulheres que não têm tempo a perder em encontros sem sentido, mas que ainda acreditam que é possível encontrar a sua coroa metade”, afirma Gontow, que acrescenta: “Buscamos garantir aos nossos usuários a oportunidade de conhecer pessoas interessantes, com discrição, foco e privacidade”.

Airton Gontow, diretor do Coroa Metade

Airton Gontow, diretor do Coroa Metade

Nos Estados Unidos, nos últimos três anos aumentou em 39% o número de pessoas a partir de 55 anos que usam sites de relacionamentos, segundo dados da empresa Experian Hitwise. Após mais de um ano de pesquisas, Gontow e equipe chegaram à conclusão de que no Brasil, o primeiro site de relacionamentos voltado exclusivamente ao público maduro poderia ser direcionado para pessoas a partir dos 40 anos de idade.

O nome Coroa Metade é uma grande sacada, por resumir em duas palavras o objetivo do site e, claro, remeter à conhecida expressão “procuro pela minha cara metade”. Mesmo assim, Gontow só decidiu que esse seria mesmo o nome após meses de exaustivas pesquisas de opinião em diferentes lugares de São Paulo e Porto Alegre, sua cidade natal. “Perdemos algumas pessoas que não querem ser chamadas de coroas, mas o nome teve 84% de aprovação. De maneira geral, as pessoas percebem que é um nome carinhoso e, acima de tudo, hoje a moda não é esconder a idade, mas mostrar que tem saúde e qualidade de vida, na idade que a pessoa tem”, afirma.

“Em menos de dois anos de vida já temos 21 casamentos realizados, além das pessoas que estão namorando firme mas ainda não moram juntas. Brinco sempre que sou um dos poucos empresários que festejo a cada cliente que perco”, acrescenta Gontow.

28/06/13: Sexo padrão Fifa: saber reivindicar melhorias na relação é importante para não estremecer a vida a dois
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(Matéria publicada no jornal O Globo)


Já que o momento é de reivindicação, que tal lutar por melhorias também no campo pessoal? Insatisfações com a vida sexual são motivo de afastamento entre casais, mas ninguém precisa radicalizar para resolver o problema. Por isso, se sua vontade é dar um padrão Fifa na relação, saiba que diplomacia é fundamental na hora de conversar com o parceiro sobre o que não está funcionando bem na cama.

Segundo o psicólogo Paulo Tessarioli, especialista em sexualidade, o principal erro dos casais ao lidar com problemas na vida sexual é achar que a iniciativa de mudança tem que partir do outro:

— No terreno do sexo, se eu quero mudar, eu tenho que vir com a proposta, e não esperar o outro trazê-la. Porque se as coisas continuam do mesmo jeito, significa que o parceiro não percebeu que há algo errado.

Além disso, a falta de paciência para explicar certas preferências na cama é um defeito que atinge homens e mulheres. De acordo com Tessarioli, é necessário ter calma na conversa, porque "ninguém nasce sabendo".

— Sexo precisa ser aprendido, e isso só acontece com a experiência. Quando fica bom para um, fica bom para o outro também — afirma o psicólogo especialista em sexualidade. — Mas é claro que, para ensinar, a pessoa deve, no mínimo, saber o que a deixa satisfeita.

Entre as principais reivindicações masculinas, está a de que a parceira não sabe fazer sexo oral e, por isso, o ato não é prazeroso. Já as mulheres reclamam com mais frequência de uma possível diminuição do interesse dos homens, quando eles não tomam a iniciativa para começar a transa.